domingo, 15 de maio de 2011

Infinito

        Dobrei algumas esquinas com os olhos tensos a sua procura em cada curva que fitava. Dobrei folhas de diversos tipos de papel a fim criar algo criativo e mágico que me fizesse entregá-los em suas mãos. Dobrei os braços em torno de travesseiros, em torno de mim mesma, tentando senti-la bem rente à mim. Cortei fitinhas coloridas para laçar presentes que desejo lhe dar. Cortei o dedo só pra choramingar e você desejar vir assoprar. Cortei seu coração uma vez, consequentemente acabei cortando o meu, mas fiz questão de juntar tudo no lugar novamente. Só para não perder o costume, me perdoa rs.
         Distância vem e arranca a flor do meu quintal limpinho. Ninguém explica o momento e a essência. O que fazer? Amor, tua voz não cala dentro de mim. O céu apagado, e tu sempre longe. Na sombra impenetrável o meu amor cresce. A saudade fica, como estátua rígida de um destino adormecido, e porque a dor viaja angustiada em horas dentro de mim? Vai e volta até a última linha da corda enroscada em minha garganta.
        É o amor que quando se vai, deixa de si o próprio ser. Deixa meu nome escondido em águas obscuras, e nas bordas do teu pensamento, deseja sussurrá-lo no vento soturno que balança as cortinas, trazendo as desoladoras intenções da infelicidade.
        Quero ver-te na janela do tempo, na paisagem do nosso olhar, incendiando-nos num vespertino silêncio. Na paisagem transparente adormecer na pausa, tão perfeitamente dentro do sono azul e laranja das tardes que tardam a acontecer. Quero que nossos olhos cantem, na doce canção do nosso olhar.
       Eu sei como pintar o caminho expansivo e destinado a você, criar novos sons do coração, e fazer com que os ouça. Fazer-te-hei o algodão úmido, estancando vazamentos das fontes cálidas que jorram de Minh’ alma o sangue de cor enferrujada.
      As cenas passam diariamente em minha cabeça, cristais saltando dos teus olhos, fazendo do teu corpo uma escultura brilhante e líquida.
     Salve-me da impossibilidade do fim da escuridão das dúvidas, dos buracos do universo, das explosões divinas e das luzes puritanas.
     Você não possui o infinito todo, mas você possui todo o infinito de mim.


segunda-feira, 2 de maio de 2011

All



Let me see your sinal inside you
Let me see your smile inside me
Let me see the sky inside of your heart
Because I need you all the time
Because I love you all the time
And I scream for you, for all long night
For all long night
So today turn out the lights
So that I see your heart shining for me
Your heart shining for me.